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Camaradas, queria apresentá-los a um projeto ainda em estágios iniciais, mas que se propõe ser uma enciclopédia política sobre diversos assuntos, a partir de uma leitura marxista-leninista (ou marxista, no caso, já que o leninismo se refere principalmente à práxis revolucionária, algo que está além do escopo de uma enciclopédia).
A seção portuguesa da nossa enciclopédia precisa de editores para desenvolver artigos. Vocês têm alguma sugestão de onde podemos recrutar?
Que nada, camarada, ainda estamos de pé, glória a Lênin! Somos muito poucos ainda e mal temos tempo para estudar e escrever artigos hoje em dia, mas seguimos lutando para recrutar mais gente, aos poucos. Eu estive contribuindo recentemente disponibilizando o excelente livro 1964: a conquista do Estado, por exemplo. Só coloquei o primeiro capítulo até agora.
O processo de aprovação envolve a leitura das respostas entre todos os editores. Discutimos juntos, avaliamos os pontos fortes e fracos das respostas, e no geral, é só para termos uma ideia do pensamento do editor que chega. Não temos como entrevistar um por um, então as perguntas cumprem esse papel. Esse é o objetivo principal das perguntas, conhecer a pessoa que está chegando. As perguntas bem mais específicas servem para analisar a coerência teórica da pessoa, geralmente.
Já tivemos muitas mudanças no processo de recrutamento. O corpo editorial da seção inglesa tende a ser bem dogmático a respeito da questão chinesa, raramente aceitando visões opostas. O problema também é que praticamente todos que até agora apresentaram visões contrárias à China ser uma experiência socialista, tinham um embasamento teórico para tal muito fraco, e argumentavam de forma muito porca sua visão. Diziam só que é capitalismo de Estado e ficava por isso mesmo, não desenvolvia, entende?
Recentemente, na seção inglesa, passamos a aceitar alguns que destoavam em alguns pontos, adotando a posição de “editor aprendiz”, em que basicamente analisamos minuciosamente as mudanças feitas pelo editor e discutimos ou criticamos, se necessário. O corpo editorial da seção inglesa também contemplou a possibilidade de restringir a pessoa de editar algo sobre aquele assunto específico. No caso, se fosse uma pessoa contrária à China ser socialista, no momento em que a pessoa tentasse mudar o artigo sem antes dialogar e criticar com os outros editores, aí restringiríamos a página para aquele usuário específico, mas até hoje não tivemos que fazer isso.
Eu, pessoalmente, já cheguei até a convidar pessoas que tinham a visão que a China era capitalista, mas no caso era um embasamento muito mais firme. Infelizmente, a pessoa nunca acatou meu convite.
Entendi, obrigado pela resposta, camarada! Me chama no Matrix ou no Telegram depois pra gente trocar uma ideia sobre os recrutamentos!