Mas quando que proponho algo vindo do próprio capitalismo ali no texto? Consumo “sustentável” e “consciente” também é consumo, é uma reação capitalista a pensamentos que ameaçam o sistema, pra apaziguar as pessoas. Confrontar o consumo é não consumir. Isso que enfraquece o capitalismo, deixar que as empresas entrem em crise e quebrem, rejeitar seus produtos e serviços, tanto físicos quanto digitais. Não falo isso no sentido de viver precariamente ou de passar fome, mas no sentido de abandonar os excessos do consumismo, produzir ao máximo o que precisamos, olhar pra uma grande marca e não ver nada além de uma força opressora, ao invés de uma fonte de prazer. Isso se alinha bastante com a linha de pensamento que @vietcauang@lemmy.eco.br postou aqui de criarmos nossas próprias cadeias produtivas paralelas. Aliás, a única iniciativa que conheço nesse sentido é o mst, e é um ótimo exemplo, pois a produção do mst tem um perfil diferente da latifundiária, que não satisfaria a um padrão consumista, mas que nos permite ter uma vida digna e livre.
entendo o q quer dizer, mas acho q nao pela ótica do consumo, e sim da produção, certo?
pq assim, pegando agr uma situação hipotetica né, se vc entra no mercado e ja tem td q vc precisa, vc nao se importa como q aquilo chegou ali. Marx vai descrever isso como o fetiche da mercadoria (estou colocando de forma bem grosseira aqui), ou seja, a mercadoria está disponivel de forma tao generalizada, q vc sequer pensa quem é q produziu e como foi produzido. Isso é um efeito da estrutura do capitalismo, nao é algo mutável pelo sistema, é inerente à ele.
a superação disso, entao, esta justamente em uma estrutura paralela à essa né? A sua menção ao MST é bem colocada msm, pq qndo vc pensa num arroz agroecológico do MST, vc logo vê o assentamento q o produziu, e tbm pode ir de encontro com quem produziu e como produziu. Talvez o passo além, a meu ver, é nós nos organizarmos e produzirmos. Seja por um MST, ou por alguma outra organização q seja, sem sectarismo, no caso.
isso tem limites óbvios, pq precisa dessa estrutura economica aliada a uma estrutura politica, por assim dizer. Assim, nao adianta vc ter uma linha de produção q nao pretenda ir além do estado burgues né? Vai virar uma empresa qqr no longo prazo. Mas se à uma estrutura politica pensada conjuntamente, prezando pela democracia e a coletividade, com um horizonte de derrubada da burguesia, temos ai uma ameaça ao Estado, certo?
nesse sentido, gosto da literatura acerca do sindicalismo revolucionario, pelo menos nessa visao de uma estrutura politica pensada de baixo pra cima.
Quando se trada de construir a alternativa, sim, pela ótica da produção. Quando me refiro ao problema do consumo, é mais sobre como fazer a transição, como fazer com que as pessoas abandonem um sistema abusivo, mas que faz um bombardeamento constante de dopamina nas pessoas, para migrar lentamente a um sistema mais digno e eficiente, mas que não satisfaria esses desejos.
Aproveitando que falou da literatura, tem algo em particular que gostaria de sugerir?
de literatura, recomendo Os Camponeses e a Política no Brasil de José de Souza Martins. Já tá um cadin datado, mas a discussão política q ele faz pra mim explodiu minha cabeça com relação a tds os erros da relação ao mov comunista no país (ele faz várias críticas ao PCB dos anos 40 a 60, inclusive)
e outro q seria Extensão ou Comunicação de Paulo Freire, q pra mim é bem fundamental pra embasar o trabalho de base
Mas quando que proponho algo vindo do próprio capitalismo ali no texto? Consumo “sustentável” e “consciente” também é consumo, é uma reação capitalista a pensamentos que ameaçam o sistema, pra apaziguar as pessoas. Confrontar o consumo é não consumir. Isso que enfraquece o capitalismo, deixar que as empresas entrem em crise e quebrem, rejeitar seus produtos e serviços, tanto físicos quanto digitais. Não falo isso no sentido de viver precariamente ou de passar fome, mas no sentido de abandonar os excessos do consumismo, produzir ao máximo o que precisamos, olhar pra uma grande marca e não ver nada além de uma força opressora, ao invés de uma fonte de prazer. Isso se alinha bastante com a linha de pensamento que @vietcauang@lemmy.eco.br postou aqui de criarmos nossas próprias cadeias produtivas paralelas. Aliás, a única iniciativa que conheço nesse sentido é o mst, e é um ótimo exemplo, pois a produção do mst tem um perfil diferente da latifundiária, que não satisfaria a um padrão consumista, mas que nos permite ter uma vida digna e livre.
entendo o q quer dizer, mas acho q nao pela ótica do consumo, e sim da produção, certo?
pq assim, pegando agr uma situação hipotetica né, se vc entra no mercado e ja tem td q vc precisa, vc nao se importa como q aquilo chegou ali. Marx vai descrever isso como o fetiche da mercadoria (estou colocando de forma bem grosseira aqui), ou seja, a mercadoria está disponivel de forma tao generalizada, q vc sequer pensa quem é q produziu e como foi produzido. Isso é um efeito da estrutura do capitalismo, nao é algo mutável pelo sistema, é inerente à ele.
a superação disso, entao, esta justamente em uma estrutura paralela à essa né? A sua menção ao MST é bem colocada msm, pq qndo vc pensa num arroz agroecológico do MST, vc logo vê o assentamento q o produziu, e tbm pode ir de encontro com quem produziu e como produziu. Talvez o passo além, a meu ver, é nós nos organizarmos e produzirmos. Seja por um MST, ou por alguma outra organização q seja, sem sectarismo, no caso.
isso tem limites óbvios, pq precisa dessa estrutura economica aliada a uma estrutura politica, por assim dizer. Assim, nao adianta vc ter uma linha de produção q nao pretenda ir além do estado burgues né? Vai virar uma empresa qqr no longo prazo. Mas se à uma estrutura politica pensada conjuntamente, prezando pela democracia e a coletividade, com um horizonte de derrubada da burguesia, temos ai uma ameaça ao Estado, certo?
nesse sentido, gosto da literatura acerca do sindicalismo revolucionario, pelo menos nessa visao de uma estrutura politica pensada de baixo pra cima.
Quando se trada de construir a alternativa, sim, pela ótica da produção. Quando me refiro ao problema do consumo, é mais sobre como fazer a transição, como fazer com que as pessoas abandonem um sistema abusivo, mas que faz um bombardeamento constante de dopamina nas pessoas, para migrar lentamente a um sistema mais digno e eficiente, mas que não satisfaria esses desejos.
Aproveitando que falou da literatura, tem algo em particular que gostaria de sugerir?
de literatura, recomendo Os Camponeses e a Política no Brasil de José de Souza Martins. Já tá um cadin datado, mas a discussão política q ele faz pra mim explodiu minha cabeça com relação a tds os erros da relação ao mov comunista no país (ele faz várias críticas ao PCB dos anos 40 a 60, inclusive)
e outro q seria Extensão ou Comunicação de Paulo Freire, q pra mim é bem fundamental pra embasar o trabalho de base