Por favor, não use a palavra “neurotípico” quando você quer dizer qualquer outra coisa.

Tem pessoas que transformam o autismo em sinalização de moralidade e eu odeio isso. Você não é melhor que os outros por causa dos critérios diagnósticos de um manual gringo.

Y OUTRA

Desde quando reclamar de Chat GPT é coisa de “neurotípico”? Preciso apresentar minha CIPTEA na mesa agora? Tomar no cu!

    • MarteOP
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      3
      ·
      5 days ago

      Chegou a mim sem contexto específico.

      Mas é uma pessoa defendendo o uso de Chat GPT para escrever direito porque é positivo para autistas, e argumentando que falar mal de Chat GPT é coisa de não-autistas.

      • nossaquesapao
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        2
        ·
        5 days ago

        O povo na internet tá louco nessa coisa de rotular pessoas. Quando fui diagnosticado com autismo, pensei em buscar comunidades online esperando uma troca de experiências, ou algo assim, mas o que vi foi uma coisa perturbadora. Não aguentei muito tempo e saí de todas essas comunidades, não chego nem perto mais. Nunca vi ambientes tão tóxicos.

        E sobre essa do chatgpt, tem ainda que ver se isso não é manipulação de marketing que a comunidade absorveu sem perceber. As empresas grandes já aprenderam faz tempo a usar de comunidades da internet, principalmente de minorias, pra ganhar marketing gratuito em cima delas. E essas empresas de ia estão apelando pra tudo que podem pra enfiar ia no cu de todo mundo.

        • MarteOP
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          2
          ·
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          5 days ago

          Bem colocado. Eu tinha até esquecido disso.

          A propósito, eu estudo no mestrado sobre a comunidade do autismo no Brasil e importamos tudo de ruim do Tio Sam. Deprimente demais. Inclusive foi assim que cheguei ao print da postagem.

            • MarteOP
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              3
              ·
              5 days ago
              1. A transformação do autismo em mercadoria;

              2. Seguindo a 1, a tentativa de trazer tratamentos de uma abordagem específica como a única intervenção possível a ser financiada por governos e planos de saúde e aceita em escolas;

              3. Transformação do autismo em identidade mercantilizável e moralmente superior, recaindo em um determinismo capacitista - isso tem diretamente a ver com o print acima e com o fenômeno da influenciarização

              4. Acirramento das disputas por meio de redes sociais comerciais, frequentemente o único espaço de encontro entre pessoas que costumam ser isoladas, sejam as próprias pessoas autistas ou suas cuidadoras - o foda é que essas redes nunca são lugar de diálogo, sim de brigas e rachas por causa das suas próprias arquiteturas. Exemplo: grupos de WhatsApp, páginas de Instagram, etc.

              5. Tentativa de reverter o modelo de escola inclusiva e voltar ao modelo de escolas de segregação norte-americanas, por parte de vendedores de serviço e mães desiludidas com a qualidade escolar brasileira e veem nessa segregação a única saída possível

              Entre muitas outras questões