A Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) informou nesta quarta-feira (16/10) que o exército do país alistou cerca de 1,4 milhão de jovens nos últimos dois dias, após uma campanha promovida para aumentar o contingente militar do país.

Segundo a agência estatal norte-coreana, “os jovens apaixonados estão determinados a participar na guerra sagrada de destruição do inimigo com as armas da revolução (…) o seu grande entusiasmo se manifesta em todas as partes do país”.

O alistamento militar na República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) foi realizado entre segunda e terça-feira (14 e 15/10) e marcou o fim de uma campanha na qual o governo local afirmava que a vizinha Coreia do Sul violou o espaço aéreo norte-coreano com drones, e que “essa violação da nossa soberania deve receber uma resposta de grande proporção”.

Segundo o canal russo RT, a campanha norte-coreana pregou o “treinamento para operações visando eliminar a escória da República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul), que cometeu graves provocações”.

Governo da Coreia do Norte realizou campanha de alistamento massivo durante os dias 14 e 15 de outubro A mensagem do governo destacou a ideia de que a vizinha Coreia do Sul “quer uma guerra” e que países aliados de Seul estariam “empurrando seu governo a fazer com que a situação fique mais tensa”.

“Se explodir uma guerra, a República da Coreia (do Sul) desaparecerá do mapa. Como Seul quer a guerra, temos que estar prontos para acabar com a sua existência”, diz outro trecho da campanha, segundo o site RT.

Por sua parte, o governo da Coreia do Sul negou ter enviado drones ao território da República Popular Democrática da Coreia, e ainda acusou Pyongyang de explodir partes das estradas intercoreanas Gyeonggi e Donghae, cortando completamente a conexão por terra entre os dois países.

Em resposta, os militares sul-coreanos fizeram disparos em direção à Linha de Demarcação Militar (MDL), alegando “realizar um gesto de autodefesa e fazer um aviso”, contra atos que pudessem violar o Acordo de Armistício entre as duas Coreias.

Com informações de KCNA e RT.