Durante reunião no Conselho de Segurança, o representante de Israel na Organização das Nações Unidas, Danny Danon, afirmou que seu país irá reagir militarmente ao ataque sofrido nesta terça-feira (01/10), quando o Irã disparou 181 mísseis balísticos contra seu território.

“Israel não vai ficar parado. Israel vai responder. E será decisivo e doloroso (…) estamos feridos. Mas não somos fracos”, comentou o embaixador israelense, segundo matéria do jornalista Jamil Chade, em seu blog no site UOL.

Em sua declaração, Danon também disse que o ataque mostra que o Irã é um “estado terrorista”, e que “após ataques contra 10 milhões de civis, Teerã teve audácia de mandar uma carta ao Conselho de Segurança dizendo que agiram respeitando o direito humanitário e que atingiram instalações militares”.

EUA pedem punição ao Irã

Na mesma reunião, a representante dos Estados Unidos, Linda Greenfield, afirmou que a ação iraniana “fracassou”, e questionou a carta enviada pelas autoridades da República Islâmica, especialmente no trecho em que dizem que o ataque foi motivado pelas agressões israelenses no Líbano e nos territórios palestinos – segundo Washington, os disparos desta terça configuram uma ação “não provocada.

Em seguida, a embaixadora norte-americana na ONU pediu aos demais integrantes do Conselho de Segurança que aprovasse uma resolução condenando o Irã pelo ataque ao território de Israel.

“Este Conselho tem a responsabilidade de colocar mais sanções contra o Irã. Se não fizer nada, que mensagem mandará? Temo que isso promova novos ataques”, frisou Greenfield.

Rússia denuncia Israel

A posição norte-americana contrasta com a da Rússia. O representante do país euroasiático na ONU, Vasily Nebenzya, fez uma alerta sobre a situação no Oriente Médio, dizendo que a região “está deslizando para uma guerra generalizada (…) mas o Conselho da Segurança só assiste, sem fazer nada”.

O embaixador russo também usou seu discurso para denunciar as medidas tomadas por Israel nas últimas três semanas, as quais Moscou consideram como causadoras da escalada da crise na região.

“No lugar de usar a diplomacia, Israel opta por força. E seus cúmplices norte-americanos estão em suas mãos, paralisando este Conselho de Segurança”, acrescentou Nebenzya, que também criticou os vetos dos Estados Unidos às resoluções propostas contra Tel Aviv desde o início do massacre na Faixa de Gaza.

Argélia critica ONU

Principal representante árabe na atual formação do Conselho de Segurança, a Argélia fez duras críticas a Israel e à própria ONU, pelo que qualificou como “carta branca” para que Tel Aviv cometa suas agressões nos territórios da Palestina e do Líbano.

“Precisamos acabar com a ocupação de terras árabes, no Líbano ou na Palestina, por parte de Israel”, exigiu o embaixador argelino na ONU, Amar Bendjama.