O Museu Nacional dedicado à memória do campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau anunciou que vai fazer uma denúncia junto à procuradoria da Polônia contra um soldado ucraniano do regimento fascista Azov por fazer chacota das vítimas no nazismo enquanto estava visitando o campo de extermínio que foi palco de uma das maiores atrocidades da 2ª Guerra Mundial.

Nikita Miroschenko, um soldado ucraniano neonazista, em postagens no instagram, fez chacota do sofrimento causado pelos nazistas na Polônia. Em um vídeo, ele mostra os portões de Auschwitz com a infame frase “Arbeit macht frei” (O trabalho liberta) com música militar alemã tocando ao fundo, e em uma foto ele aparece usando uma camisa com a frase: “Onde nós estamos, não há lugar para mais ninguém”, ditada por Adolf Hitler.

Apologia ao nazismo na Polônia é crime com punição de multas a até três anos de prisão, assim como a negação ou justificação do massacre de mais de 1 milhão de pessoas. Judeus, poloneses, ciganos e comunistas foram mortos em Auschwitz desde sua criação em 1940 até sua liberação em 1945 pelo Exército Vermelho.

“Promover conteúdo e símbolos associados à ideologia nazista neste lugar único viola a memória das vítimas, o que é um ato inaceitável e moralmente repreensível”, disse Bartosz Bartyzel porta-voz do Museu de Auschwitz em entrevistas ao Russia Today.

A 3ª Brigada de Assalto, que Miroschenko faz parte, se originou quando uma milícia neonazista, o regimento Azov, fundada pelo supremacista branco, Andrey Biletsky, foi integrado ao exército ucraniano em 2014 e depois, em 2022, duas unidades Azov se fundiram formando a 3ª Brigada de Assalto comandada por Biletsky.

A Brigada Azov e a 3ª Brigada de Assalto, são notórias pelo uso de simbologia nazista como o Wolfsangel usado durante a 2ª Guerra por oficiais das tropas de assalto SS.

O Azov é um dos pilares do regime de Volodymyr Zelensky, atual presidente da Ucrânia, apoiado pelos EUA e governos da Europa.