Uma explosão aconteceu na subestação de energia elétrica da concessionária Equatorial, na manhã de sábado (29), Carajás, em Goiânia. O acidente, que ocorreu por volta das 8h42, gerou tensão e medo entre os moradores da região, e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) e da concessionária de energia. Considerada a pior empresa de energia elétrica do Brasil, a Equatorial foi escolhida pelo governo Tarcísio para assumir o controle da Sabesp, em São Paulo.

A explosão, que teve como epicentro um transformador e não houve feridos. As equipes do Corpo de Bombeiros se dirigiram ao local para realizar o resfriamento do transformador e garantir a segurança da área com cinco viaturas.

Nas imagens é possível ver o momento em uma bola de fogo foi formada no céu após a explosão. Moradores da região relataram quedas de energia. Uma fumaça preta se estendeu pelo ar no local.

A Equatorial Energia é a mesma empresa que o governo de São Paulo anunciou a nova acionista de referência da Sabesp. Exatamente, para a privatização da maior empresa de saneamento da América Latina, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador, permitiu que a companhia privada responsável pela explosão de um transformador e que já deixou mais de 206 mil clientes no Rio Grande do Sul sem eletricidade por dias em janeiro deste ano, adquira 15% das ações da Sabesp. Com isso, a Equatorial Energia assumirá o controle da estatal por um valor de R$ 6,9 bilhões, o equivalente a um ano do lucro da estatal.

Vale destacar que a Equatorial Energia é considerada a pior distribuidora de energia do Brasil, por levantamento realizado pela Aneel e foi a única a apresentar interesse pela maior empresa de saneamento da América Latina. Ou seja, além de má prestadora de serviços essenciais, a Equatorial ainda levou a Sabesp sem concorrência.

O levantamento considerou os números de duração e frequência de interrupção no fornecimento de energia.

As empresas são avaliadas de acordo com o índice de Desempenho Global de Continuidade (DGC). A pesquisa indica que, quanto menor o número, melhor a prestação de serviço. A Equatorial Goiás recebeu uma avaliação de 1,66. A CPFL Santa Cruz, localizada no estado de São Paulo, recebeu 0,56 e lidera o ranking.

Em dezembro de 2022, a companhia anunciou a reconstrução do sistema elétrico do estado de Goiás diante da realidade de uma rede defasada e dos transformadores sobrecarregados, devido ao cenário agravado da maior onda de calor dos últimos 120 anos.

O Grupo ressaltou que foram investidos R$ 1,8 bilhão na área de concessão somente de janeiro a setembro de 2023, entregando quatro novas subestações, inclusive a que explodiu neste sábado.