A Armênia declarou oficialmente nesta sexta-feira (21/06) que reconhece o Estado da Palestina, tornando-se o país de número 146, entre os 193 membros da Organização das Nações Unidas (ONU), a realizar este gesto.

A decisão foi divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores do país, em um comunicado no qual o governo armênio expressou que “nossa posição tem sido consistentemente a favor de uma mediação pacífica e abrangente para a questão palestina, e apoiamos a solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino”.

📢 #Armenia recognizes State of #Palestine

🔹Our position has consistently been in favour of a peaceful & comprehensive settlement of the Palestinian issue, & we support the “two-state” solution to the Israeli-Palestinian conflict.

Reaffirming our commitment to int’l law &… pic.twitter.com/SoF7KLLGr7

— MFA of Armenia🇦🇲 (@MFAofArmenia) June 21, 2024

“Reafirmando nosso compromisso com a lei internacional e os princípios de igualdade, soberania e coexistência pacífica dos povos, a República da Armênia reconhece o Estado da Palestina”, completou a nota.

Por sua parte, a porta-voz da diplomacia armênia, Ani Badalyan, disse que “a República da Armênia rejeita categoricamente os ataques às infraestruturas civis, a violência contra a população civil e a tomada de civis como reféns durante o conflito armado, e está alinhada às exigências da comunidade internacional para a sua libertação incondicional”.

Com a decisão da Armênia, já são nove os países que fizeram o gesto de reconhecer o Estado palestino desde o início do atual massacre promovido pelas forças de Israel contra a população palestina da Faixa de Gaza – que já resultou na morte de mais de 37 mil civis, a maioria mulheres e crianças.

O primeiro país a adotar essa decisão nos últimos nove meses foi Barbados, em medida tomada em abril passado pela primeira-ministra Mia Mottley. De lá para cá, o mesmo gesto foi feito por Jamaica, Trinidad e Tobago, Bahamas, Irlanda, Espanha, Noruega e Eslovênia.

Ademais, a ONU trabalha em um projeto para a aceitação da Palestina como membro pleno da entidade, mas a iniciativa está bloqueada devido ao fato de que ela requer a aprovação do Conselho de Segurança, instância onde os Estados Unidos, maior aliado internacional de Israel, possui poder de veto.