Post para discutirmos sobre o texto “O Lento Cancelamento do Futuro” do Mark Fisher, primeiro capítulo do livro “Fantasmas da Minha Vida: escritos sobre depressão, assombrologia e futuros perdidos”.
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Compre o livro na Amazon ou na loja da Jacobin
(soube que tem um PDF disponível em algum site por aí, mas não compactuamos com pirataria)
Alguns materiais indicados/citados nas discussões:
OBS: os hyperlinks “msg” no final de alguns itens é o link para a mensagem do discord onde a referencia foi citada.
- Baudelaire e a modernidade - Walter Benjamin — Amazon
- Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura - Johan Huizinga — Amazon
- Participaçao de Derrida em Ghost Dance — YouTube
- Everything Is Sludge: Art in the Post-Human Era - Lily Alexandre — YouTube | msg
- Espectralidade E Utopias Políticas Frustradas Em Disco Elysium - Rodrigo Fernandez, Fabrício Silveira — PDF | msg
- Essa citação do Mark Fisher em: The Puritanical Eye: Hyper-mediation, Sex on Film, and the Disavowal of Desire - Carlee Gomes — Disponível aqui | msg
- Temporalidade estagnada: uma análise das dinâmicas temporais do século XXI a partir de Mark Fisher - Franco Berardi e Jonathan Crary — PDF | msg
- Tudo É Pra Sempre Agora - Don L ft. Luiza de Alexandre — Youtube | Spotify | msg
Aqui ele estava comentando sobre o ensaio “resistindo a melancolia de esquerda”, e esse fantasma que assombra a esquerda, o fantasma de um futuro que não foi, e o desaparecimento das condições que indicavam aquele futuro
E outro trecho que acho importante sobre a inércia da esquerda, presa a um futuro que não foi
“tudo é remake” alias esse ja e um dos pontos do texto pra mim eu venho falando isso de videogames (meio exageradamente por conta de rancores pessoais xD) mas todo videogame dos ultimos 10 é um mashup de basicamente ums 3 ou 4 jogos do inicio do seculo e eu acho q a musica dexa isso mto extrapolado
a minha leitura eh q existe uma expecie de mudança no papel da forma, a forma eh tratada como comodity, num repositorio imenso de formas pra ser usadas, nao é mais algo q emerge do contexto mas algo q já esta dado, como recurso a ser explorado.
e ai entra a profecia auto cumprida de q ‘tudo ja foi criado’. em outros termos, em um papo no twiter uma vez eu falei em ‘extrativismo cultural’ pra me referir a coisas como por ex. a disney fazendo filmes se passando na malasia ou etc., e todo o papo de ‘representatividade’ . oq acontece eh q ah uma abordagem extrativista q ve toda a cultura, conhecimento afetos, imagens etc, como algo a ser aproveitado pra produçao de lucro, isso inclui esse grande repositorio de formas, eh sempre mais eficiente extrair doq criar, em termos de lucratividade.
entao quando Mark Fisher fala dessa outra nostalgia, a nostalgia dos espectros, nao é sobr dizer q 'antigamente era melhor, mas como umapossivel saida dessa nostalgia da forma, das coisas q podem ser reproduzidas, uma nostalgia das coias q nao foram, das possibilidades perdidas, dos caminhos deixxados pra tras.
(resuminho de coisas q falei no discord :3)
Essa falsa ideia que o capitalismo vende de que só temos avanços em relação a algumas discussões sobre racismo, homofobia, gênero, além de avanços tecnológicos, e esses avanços só se mantém, por causa do capitalismo. Nesse sentido os espectros que assombram estão aí para nos fazer pensar nesses futuros que não foram, mas não de uma forma paralisante, mas de uma forma que possamos abraçar eles e construir algo a partir disso
Espectralidade E Utopias Políticas Frustradas Em Disco Elysium
— Rodrigo Fernandez, Fabrício Silveira
Também discutimos sobre a pressão em fazer sucesso imediato, e como isso está relacionado ao uso da nostalgia formal, explicada no texto, onde é mais viável reproduzir o passado e suas técnicas. O que faz uma onda de remakes. Como a Bel comentou, a forma antiga permanece, reproduzida como commodity