Mastodon bloqueado no Nepal
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A mastodon.social encontra-se bloqueada no Nepal até aderirem às demandas legais e fiscais do país, como estar registrado com o governo local e ter regras de moderação de conteúdo.

A versão oficial das autoridades locais diz que é para “evitar a disseminação de fake news”.

Grupos e organizações da sociedade civil criticaram a medida pois poderia “prejudicar o trabalho de jornalistas e o acesso das pessoas a notícias e informação”.

Além da principal instância do Mastodon, redes comerciais também se encontram bloqueadas. Somente TikTok e Viber estão liberados por atenderem aos requerimentos.

🔗 https://techcrunch.com/2025/09/04/nepal-blocks-facebook-instagram-youtube-x-over-rule-breach-amid-censorship-concerns/
🔗 https://mastodon.social/@ashmeshedup/115146884466261593

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#Mastodon #Nepal

  • felipesiles
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    10
    ·
    13 days ago

    Se esses bloqueios à mastodon.social se tornarem recorrentes em outros países, pode ser um bom argumento para convencer as pessoas a migrar suas contas para instâncias menores.

    • Daemon Silverstein@calckey.world
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      2
      ·
      12 days ago

      @felipesiles@lemmy.eco.br @cadusilva@bolha.one

      Problema é se os países começarem a ir para uma espécie de internet onde, ao invés de lista de bloqueios (como tem sido), haja uma lista seleta de autorizados (internet baseada em alvará). Porque nesse caso, não importaria o quão desconhecido fosse um site, o mesmo seria inacessível porquanto não tivesse um alvará que autorizasse o funcionamento.

      Na esteira do modelo de bloqueios atuais, como o britânico, que tem ocorrido com base no cumprimento da exigência do mecanismo não trivial de verificação de idade (que não se restringe a conteúdo de entretenimento adulto, abrange quaisquer conteúdos que o Reino Unido considere como “adulto”, isso inclui discussões políticas, por exemplo), já acabam beneficiando os grandões (Facebook, LinkedIn, etc) pois são os únicos que conseguem arcar com a burocracia, tecnicidades e custos envolvidos na adequação dos sistemas à nova lei, mesmo que operem com margens negativas de lucro por um tempo.

      Mesmo nesse modelo, os desconhecidos e/ou pequenos já acabam prejudicados, como um pequeno fórum de ciclismo britânico que existia há décadas e que teve de fechar as portas porque não conseguiria implementar o que a nova lei britânica exige.

      Daí um modelo de internet por alvará, que é para o que países parecem estar caminhando, tornaria ainda mais difícil, senão impossível, a existência de sites pequenos, diante de toda burocracia envolvida (e da subjetividade envolvida também) para conseguir (e manter) o tal do alvará.

      E com isso se tornando algo no mundo inteiro, não haveria lugar no mundo pra hospedar algo. Se alguém deseja hospedar uma pequena comunidade, por exemplo, de ocultismo e esoterismo, teria de implementar coisas como validação biométrica, gateways de pagamento… isso se passasse pelo “crivo” das autoridades envolvidas, que poderiam recusar a concessão de alvará mesmo diante do cumprimento de requisitos…

      Daí isso até me lembra como já temos, aqui mesmo no Brasil, um precedente perigoso no campo da lei, onde até hoje, faz um ano, há um templo de Quimbanda impossibilitado de funcionar porque tem uma estátua de Lúcifer, que gerou “polêmica” tamanha a ponto de chegar às “autoridades”, que também implicaram com a imagem, o que levou à proibição do funcionamento de todo um templo… A liminar que concedia funcionamento foi cassada, e até hoje aguardam para exercer o direito de culto.

      Pra uma situação dessa acontecer com um website em uma internet baseada em alvará, é mais fácil ainda… Tenho receio, como atual ocultista que sou, do rumo que as coisas têm tomado nesse mundo, onde há possibilidade de, no futuro (breve), eu sequer poder falar de Lilith, Lúcifer, Baphomet e Stolas porque “é conteúdo perigoso” aos olhos daqueles que concedem alvará.