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Argumentos a favor da esquerda revolucionária manter as próprias plataformas sociais na internet, em vez de usar somente as plataformas sociais das big techs.
A ideia é que esses espaços sejam pensados como o fundo do “funil de conteúdo” que muitos camaradas da agitação e propaganda fazem, reservando para as redes corporativas apenas o papel de topo do funil.
Se o Brasil tentar criar seus meios de divulgação próprios, na realidade vai acabar sendo uma empresa com fachada brasileira mas com tecnologia americana por detrás. Como acontece com algumas das empresas de IA que o Brasil tem. Seria uma fachada de nacionalidade brasileira.
Se as empresas da Rússia já tem diversos acordos com empresas americanas e europeias, imagina como seriam as brasileiras. Acho que no fim seria mais uma enganação do Brasil com fachada de soberania, um verdadeiro pesadelo.
Acho, por exemplo, que precisamos aproximar os setores brasileiros que já tem uma identidade mais forte com o estado brasileiro, como as Universidades Públicas, e torná-las ainda mais nacionais e defensoras dos interesses brasileiros - aproximando o conhecimento brasileiro do Sul Global e o afastando da Europa.
Isso é algo muito além das possibilidades atuais. Com certeza, seria interessante uma política de estado de enfrentamento às big techs, mas veja… não é disso que estou falando. Estou falando de dedicar tempo e energia para criar nichos autônomos para os militantes para fortalecer o movimento. A diferença maior é que você está pensando no enfrentamento das big techs como objetivo, como fim, e eu como um meio para melhorar a organização comunista. O seu objetivo se satisfaz quando houver alternativas adotadas maciçamente. O meu quando o nicho formar uma comunidade autossuficiente.
E cuidado com uma visão nacionalista demais das universidades brasileiras na área de TI. É um setor em disputa, onde eu diria que o nacionalismo está perdendo.