Nesta Sexta-feira, 13 de junho, o governo brasileiro recebeu os países que formam a Comunidade do Caribe (CARICOM), além de Cuba e da República Dominicana.
Sob o lema “Aproximar para Unir”, esse encontro não foi só mais uma reunião. Ele sinaliza uma virada importante na forma como o Brasil, sob o governo do presidente Lula, está encarando o mundo. A aposta clara é na união com os vizinhos da região como peça-chave da sua estratégia internacional.
Mas por que priorizar o Caribe em vez do G7?
Essa foi a grande pergunta que ficou no ar, já que o encontro aconteceu na mesma época da reunião do G7 (grupo dos países mais ricos). Segundo Giovani del Prete, um importante representante da ALBA Movimentos (Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América) existem dois bons motivos:
Del Prete destacou:
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O peso econômico: “Não podemos ignorar os números”, destacou ele. Juntos, esses países caribenhos representam um mercado de cerca de 45 milhões de pessoas! A economia deles somada (PIB) gira em torno de US$ 250 bilhões. E o comércio entre essa região e o Brasil já é significativo, batendo na casa dos US$ 4 bilhões. Ou seja, tem muito potencial para crescer e trazer benefícios mútuos.
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Um recado geopolítico: Mais do que economia, Del Prete vê nessa aproximação um movimento corajoso do Brasil. É um sinal claro de que o país quer fortalecer seus próprios laços regionais e diminuir a influência dominante dos Estados Unidos nas Américas. Ao escolher dialogar prioritariamente com os vizinhos caribenhos, o Brasil está dizendo: “Nossa prioridade é construir juntos aqui perto”.
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