• rubem
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    11 months ago

    Essa é a malha de carga já existente no país, mas ela tem muita mistura de bitolas diferentes, partes operadas por empresas diferentes, aí precisa ficar fazendo transbordo de carga conforme rota.

    E o transbordo é tão caro que conforme rota, precisa caminhão pra levar até o porto seco onde embarca no trem, o transbordo pra troca de bitolas e cia, e mais caminhão pra última milha (Já que nada se consome em porto seco do lado de ferrovia), isso acaba criando preços altos igual usar o mesmo caminhão do começo ao fim.

    Precisa ter estrutura e perenidade de carga, na prática acaba funcionando só com uns commodities, joga em galpão ou pátio de beira de ferrovia e pronto, pode ficar uns meses lá com mínimo cuidado (Minérios tem pouquíssimo cuidado, grãos só precisam armazém ventilado). Mas esses portos secos e armazenamentos servindo de buffer no caminho são caros, são um investimento à parte da ferrovia mesmo, digo, a empresa de logística que ganha a licitação pra construir e/ou operar sempre constrói uns, mas conforme a demanda aumenta precisa mais, e o Brasil é LOTADO de gargalos justo de armazenamento intermediário ou nos locais de produção, não tem buffers pra otimizar muito transporte assim, precisa ficar agendando com caminhões a entrega e retirada on-time, na hora do embarque ou desembarque, porque não tem onde deixar, isso gera custo bem mais alto que devia, não só pro trem, atrapalha até rodovias, produtores, exportadores, industrias, portos, manutenção de equipamentos (Precisa resolver pra ontem porque tem um transbordo ou descarga em andamento e não pode parar, ter estoque de peças e sistemas raros como de trem custa caríssimo).