Quando eu comecei lá em 2004 eu já percebia que o Linux podia sim ser utilizado por usuários comuns, mas esses deveriam ter que se interessar um pouco por computação. Eu mesmo sou um usuário comum, mas naquela época haviam problemas muito sérios a serem resolvidos pelos desenvolvedores. Dependendo da distro, hoje é possível utilizar sem nem mesmo entrar no terminal. Eu mesmo só entro no terminal porque tenho uma mesa digitalizadora que me obriga a isso e também porque prefiro fazer algumas coisas no terminal.

Eu já desisti de chamar mais gente para a comunidade Linux. Há alguns anos eu era um dos militantes e tentei fazer todo mundo usar, mas hoje eu vejo que só usa quem quer. Ontem mesmo eu vi o pai de um amigo meu sem saber o que fazer quando o Windows dele mostrou aquela tela de “vamos terminar de configurar seu PC” (ou qq coisa parecida). Era só clicar em “próximo” e entrar com a conta de Hotmail dele e seguir com o procedimento rapidinho. Era alguma configuração de backups que o Windows queria fazer. Era tudo coisa simples, só que para ele já é difícil pra caramba. Como que eu vou convencer alguém assim a usar Linux e a correr o risco de deixar o dia a dia dele mais complicado ainda com outros tipos de problemas que podem surgir? Ele só usa o PC para editar as fotos dele no Photoshop (e o salário dele depende disso). Eu prefiro dar ajuda quando ele me pede e deixar quieto mesmo. Quando ele vier me pedir pra instalar Linux eu vou ajudar com isso, mas não vou influenciar a nada até lá. Nem o filho dele quis usar, imagina o pai. kkkkkkkkkkkkkkk

Hoje eu só instalo Linux para quem vier me pedir. No ano passado mesmo um amigo meu veio me pedir para formatar o notebook dele e instalar o Mint junto com o Windows. Fiz isso e alguns meses depois ele veio me pedir para retirar. Fiz isso e deixei uma máquina virtual para ele poder estudar o Open Suse para futuros concursos.

Eu já fico feliz com o povo usando o kernel Linux em celulares e tablets, mesmo sem saber.