1. A esquerda enfrenta desafios em se comunicar de maneira eficaz, pois precisa ir além do simples e alcançar a complexidade necessária para enfrentar os adversários. Ela tem perdido espaço nas redes sociais e luta para manter sua identidade e essência.

2. O tabu de uma candidatura puramente de esquerda leva as lideranças a formarem governos de coalizão, que gradualmente minam e podaram o espírito revolucionário. Esse movimento em direção ao centro esvazia o propósito original.

3. Apenas os militantes de esquerda mais radicais conseguem identificar claramente os objetivos do campo progressista. Eles aceitam alguns compromissos, na esperança de pequenas vitórias, mas isso enfraquece a mensagem passada para a nova geração.

4. A esquerda hoje não consegue dialogar com a juventude, e esta, por sua vez, não compreende o que a esquerda representa, além das versões distorcidas propagadas pela extrema-direita.

5. O campo progressista parece se expressar de forma implícita ou por meio de símbolos, criando barreiras entre a esquerda e a nova geração de brasileiros, potenciais defensores de pautas superadas.

6. Outra grande dificuldade do campo progressista é a necessidade de renovar seu discurso, deixando de lado as pautas já superadas e se adaptando a novas conquistas.

7. A luta é árdua, e é preciso estar presente nas principais trincheiras todos os dias, seja em período eleitoral ou não, pois a extrema-direita avança com ideologias autodestrutivas, como o “anti-sistema”, o pentecostalismo, o neoliberalismo e o discurso libertário.

8. É nesse ambiente caótico de despolitização, ceticismo político e descrença na democracia brasileira que a extrema-direita ganha força e se prolifera, como um câncer.