Rogerinho Punisher foi preso pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, acusado de ter ligações com o PCC. A operação que resultou em sua prisão foi desencadeada pela morte de Gritzbach.
Rogerinho era um “influencer” ligado ao grupo “Policiais Influencers”, liderado pelo Delegado Da Cunha, que hoje ocupa um cargo como deputado. Ele se destacou em vídeos onde proclamava seu desprezo por criminosos, chegando a afirmar que havia tirado a vida de um “mala” no litoral paulista. Nesses vídeos, Rogerinho parecia ter uma obsessão por ações explosivas, sempre querendo “estourar portas”.
Uma das polêmicas que cercam Rogerinho envolve sua participação em uma prisão considerada fake, onde o alvo era o “Jagunço do Savoy”, tido como o principal matador do PCC em São Paulo. A corregedoria revelou que, em um desses casos, Da Cunha levou uma vítima de cativeiro para gravar um vídeo, com Rogerinho ao seu lado.
Esses vídeos geraram um debate significativo, chegando até as mãos do então governador João Doria. A questão era: seria aceitável que policiais lucrassem como influenciadores, utilizando armas, fardas e equipamentos do Estado para tal?
Diante da pressão, o governador mandou abrir investigações sobre essa prática. O resultado: Muitos desses policiais aproveitaram a fama para se tornarem políticos, instrutores de tiro para celebridades, ou até seguranças pessoais de artistas.