Não sei se alguém vai ler tudo, mas espero que sim…

Mestro uma campanha já tem um tempo, no final de um dos arcos um colega meu pediu para entrar na mesa, e como era um momento propício, eu e os jogadores concordamos.

O ponto é que esse jogador se mostrou bastante “chato” de se lidar, “roubando” em rolagens, stats, e até colocando itens mágicos na ficha, sem antes consultar o mestre, o que acabou chateando alguns dos outros participantes, principalmente durante combates e situações sociais.

Intervi, e conversei com o jogador, conseguindo depois de alguma dor de cabeça (rsrs) convencê-lo a jogar justo pois, apesar de não me afetar diretamente, acaba sendo injusto com aqueles que se esforçam e jogam de acordo com as regras; além de que atrapalha o andamento das sessões.

Até então tolerável, porém, o grupo tinha em mãos o Deck of Many Things… Em uma determinada sessão, este camarada decidiu tirar uma carta e acabou recebendo a carta do ladrão na rolagem (que em sua descrição diz que um pdm da escolha do mestre se torna hostil ao jogador e bla bla bla (eu dei uma modificada nela para deixar a história mais emocionante; mais pra frente explico).

(Até um pouco antes desse ponto da campanha eu estava sendo bastante “benevolente” com os jogadores e desenvolvendo os arcos e histórias de cada um, mas aí eles pediram por desafios maiores e assim eu o fiz).

Uma parte do grupo havia recebido um artefato de um suposto aliado (era alguém que se passava por ele) e o grupo aceitou tranquilo sem desconfiar muito.

(Esse personagem, que chamarei de “enganador” possuia alguns poderes de transformação, o que encaixava bem com o que eu estava pensando para um plot secundário).

Agora voltando para as cartas… Aproveitei o pdm da carta do ladrão para ser uma espécie de vingador, pois aquele mesmo personagem “enganador” tinha o enganado e traído (semelhante ao que fez aos jogadores), roubando itens essenciais para a faccão que eles faziam parte, e abandonando seus companheiros para morrer.

O “vingador” teria então recebido uma espécie de visão/alucinação da suposta localização do “enganador”, mas que na verdade era meu player “problemático”.

Planejei o encontro para ser em grupo e em uma determinada sessão, só que o grupo se separou, deixando o “problemático” sozinho com outro jogador, que chamarei de “2 player”. (Detalhe é que por meio de dialógos e pistas relacionadas a itens do “vingador”, eu deixaria implícito que o “enganador” não é quem diz ser, e se tudo desse errado eu tinha outros planos).

O “vingador” então engaja em combate com os playesr e desde o primeiro instante eu deixei claro que ele não tava bem da cabeça e nem que haveria outra solução naquele momento a não ser lutar ou fugir.

Decidiram-se por lutar (apenas 2 contra ele não estava nos meus planos, então continuei com a proposta de contar implicitamente sobre o "enganador). Foi um combate difícil mesmo assim, e o “vingador” tinha nocauteado (deixei ele com 1 de vida e inconsciente) o “2 player” por, de acordo com o “vingador”, estar atrapalhando. O jogador “problemático” mesmo ainda podendo vencer, começou a “tiltar” e fazer várias coisas aleatórias, e, em um turno, acabou sendo jogado no chão e ficando com a condição derrubado. Ao invés de continuar a luta, falar, ou o que seja, ele decidiu por se levantar e fazer os próximos turnos dele tentando matar o “2 player”, e como este estava inconsciente, o “problemático” conseguiu.

Me arrependo ter deixado continuar, pois esse “2 player” não estava mais na mesa no momento (havia ocorrido um imprevisto e ele teve que sair). E assim que o personagem foi morto, eu optei por parar a sessão e continuar com a outra parte do grupo, mas não prolonguei muito.

Todos (inclusive eu) ficaram revoltadíssimos, pois não era combinado PvP e nem matar personagens dos outros sem consentimento, fora que ele nem narrou o motivo.

(Por isso me sinto culpado por não ter intervido antes, ou mesmo por ter deixado ele entrar na mesa, afinal, antes dele não haviam “conflitos”.

De qualquer forma, o “2 player” teria uma plot armor (de lore) que eu usaria caso ele morresse, ou seja, ele não morreu de fato; e um outro player que era paladino da justiça havia recebido uma espécie de visão dessa batalha, pelo seu deus, tendo visto esse acontecimento por meio dela e ficando “puto” na hora.

Tenho quase certeza de que tentarão matar o “problemático” na próxima sessão, e eu mesmo posso matá-lo (se assim o quisesse obviamente) com o “vingador” (mesmo esse não sendo o plano inicial).

MINHA DÚVIDA É: O QUE EU FAÇO?? DEIXO ACONTECER, MATO, DOU UM JEITO DE POUPAR/POUPAREM ELE, OU SIMPLESMENTE DESLIGO ELE DE IMEDIATO DA MESA POIS NÃO HÁ SENTIDO EM ELE APARECER PRÓXIMA SESSÃO APENAS PARA MORRER? ME AJUDEM.

PS: não sei se fui claro mas qlqr coisa perguntem abaixo; é minha primeira campanha e antes disso só tinha acompanhado por vídeos ou jogado.

  • AdemirA
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    1 year ago

    Eu acho que você deveria chamar ele pra conversar e explicar que isso não foi legal e que se ele quiser continuar na mesa ele precisa se adequar as regras na mesa (que deveriam ser já estabelecidas e comunicadas numa sessão zero).

    Se ele achar que não é pra ele, tudo bem, tchau e bença.

  • MarceloTchelo
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    1 year ago

    Cara eu explicaria para ele a situacao que o personagem se meteu, e tambem conversaria com o grupo sobre isso se o grupo que possibilitou sobre ele entrar, concordar em tirar o jogador, tira ele de forma mais natural possivel, e evitar chamar ele para as proximas sessoes… e lidar com que vier apatir disso… Boa sorte, eu tive uma situacao similar, e os jogadores pediram e aos poucos foi tirando o jogador de foram sutil e conversando com ele sobre a situacao que ele se encontrava… e lidei com as consequencias